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ARAUCANIA – PUCÓN, VALDÍVIA, CURARREHUE, VILLARICA

É importante entender a divisão política do Chile pois ela é bem diferente da nossa. São 16 regiões, 57 províncias e 346 comunas, onde as comunas equivalem aos nossos municípios. No entanto, em Santiago há mais de uma comuna. Desistimos de entender e seguimos viagem…

Outro motivo foi levar as crianças para conhecer a neve aliado à nossa vontade de conhecer a região dos vulcões.

Vulcão VillaRica

Desta forma planejamos uma viagem de 14 dias, sendo 7 deles em Pucón e 7 em Santiago. Escolhemos Pucón por indicação de uma amiga e porque é uma cidade com infraestrutura turística para esportes de montanha e também atrações culturais. Além disso fica a 100 km da capital da região da araucania (Temuco) onde se pode chegar de avião.

Temuco é a cidade onde Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto viveu entre 1906, quando seu pai foi transferido para lá e 1921 https://www.ebiografia.com/pablo_neruda/. Nesta cidade escreveu seus primeiros poemas e o livro “Cadernos de Temuco” resulta deste tempo https://www.amazon.com.br/Cadernos-Temuco-Pablo-Neruda/dp/8528606694. Adolescente, Pablo Neruda já cunhava sua personalidade forte e cheia de sentimento na literatura. Na cidade se pode visitar onde ele viveu mas acho que o mais interessante é ir pra lá acompanhado do livro. Nele você pode reconhecer lugares e, sobretudo, sentir como o clima frio, a chuva, o vento, os vulcões e a geografia estão presentes em sua literatura.

De Temuco alugamos um carro, e aqui vale uma nota pois é uma parte importante para o tipo de viagem que fizemos. Primeiro porque é interessante viajar por parte da famosa Ruta 5 que é a estrada mais longa do Chile com mais de 3.300km como também faz parte da “Ruta Panamericana”.

O aluguel do carro é importante pois o transporte publico é restrito e caro. Além disso os passeios, parques, vulcões, etc são todos distantes da cidade de Pucón.

Pode-se pensar que 7 dias na pequena Pucón é muito tempo, mas nossos planos eram fazer Pucón de base e fazer viagens de um dia para outras localidades.

Assim, nossa primeira parte da viagem foi praticamente um Road-trip.

No aeroporto de Pucón há diversos balcões para aluguel de carro ou se pode alugar previamente pela internet. Alugar por lá pode sair mais barato mas corre-se o risco de não terem disponível a classe de carro desejada. Aqui, indico alugar um carro alto, pois muitos dos passeios são por estradas de terra e, por vezes, com gelo.

Locamos um carro pela Europcar previamente e quando chegamos lá não havia carro disponível. Foi um dos stresszinhos da viagem pois não nos ofereceram nenhuma alternativa. Acabamos por cancelar a reserva e alugar em outra empresa ali mesmo na hora.  No entanto, com duas crianças e após 3 voos, meu tom de voz com os atendentes nada envolvidos em resolver o problema, não era exatamente tranquilo.

Por fim seguimos viagem. Rodamos 80 km em pouco mais de uma hora e a primeira parada foi a cidade de Villarica https://es.wikipedia.org/wiki/Villarrica_(Chile) onde avista-se o vulcão e o lago com mesmo nome.  O Vulcão também é chamado de Rukapillán (casa dos espíritos em mapundungun) e, junto com o Quetrupillan e o Lanin formam o Parque Nacional Villarica. http://www.conaf.cl/parques/parque-nacional-villarrica/

O vulcão passa a estar o tempo todo ao nosso lado. Ora encoberto, ora como um gigante branco na paisagem, serve para a orientação e para conclusão da nossa insignificância.

A Ruta 199 margeia o lago até a cidade de Pucón. No caminho somos acompanhados por  inúmeros empreendimentos imobiliários de luxo nomeados com palavras indígenas. Boa parte delas terminadas em “lafken” – lago ou mar ou “hue” – lugar. https://agenciadenoticiaspueblosoriginarios.wordpress.com/2016/01/12/diccionario-mapuche-espanol/

Em Pucón logo encontramos nosso Hostal entitulado “Alma Nativa”. https://www.booking.com/hotel/cl/sisters-amp-co-hostel.pt-br.html?aid=356980;label=gog235jc-1DCAsoL0IVc2lzdGVycy1hbXAtY28taG9zdGVsSDNYA2ggiAEBmAEtuAEXyAEM2AED6AEBiAIBqAIDuALy2dDrBcACAQ;sid=9e6dfce91ed2d2c49969b634c4cd77c2;dist=0&keep_landing=1&sb_price_type=total&type=total&

Nos portões grandes grafites representando figuras Mapuche nos dão boa impressão.

Recebidos pela dona, “Nitza” somos alocados em um quarto pequeno mas bem arrumado. O Hostel é um antigo convento e é bem aquecido, limpo, com água quente. Os donos são ótimos e o atendimento te faz sentir à vontade. Há uma sala de convivência onde se faz refeições ao calor de uma lareira antiga. Nas manhãs, huevos revueltos e pan amasado, são instituições imprescindíveis para nossa ótima estada.

Neste primeiro dia dedicamos a conhecer o centro da cidade. Paramos na Plaza de armas para brincar um pouco e, apesar do frio de zero grau, os locais pareciam não se incomodar com suas crianças.

Entramos no Gran Hotel Pucón para um café e conhecer a praia de areia preta (vulcânica) que fica nos jardins do Hotel.

O Chile não é barato para brasileiros e, por isso, poupamos pedaços de bolo e outros quitutes no café do Hotel.

Fomos ao delicioso café Berlin https://cafeberlin.cl/2018/. Pucón tem tradição em produção de bons chocolates https://www.municipalidadpucon.cl/?p=10785 e no Berlim se pode experimentar bons exemplares.

A região teve uma forte imigração alemã e, por isso, parte dos nomes das coisas e das ruas é em alemão.

Em seguida fomos comprar chocolates em barra na Spezialitaten https://www.facebook.com/pages/Spezialit%C3%A4ten-Chocolater%C3%ADa/241774859236907 .

Ao fim do dia, o que também se tornaria uma constante para comprar mantimentos e vinho, fomos ao supermercado Eltit https://www.supermercadoseltit.cl/supermercadoseltit.cl/tienda/

No segundo dia dedicamos a subir o Vulcão Villarica para que as crianças brincassem na neve. Na estrada para subir há várias lojas para aluguel de roupas e equipamentos de montanha.  Vale a pena alugar pois nada do que levamos era suficiente para aquele frio ou aquela umidade. Nem aquela mega compra que se faz na Decathlon antes de ir é suficiente. Gasta-se uns R$ 100  por pessoa em equipamentos para o dia todo. A bota, a calça e as luvas impermeáveis são imprescindíveis para quem vai fazer seu boneco alguns metros acima. Para as crianças é legal alugar um trenó de plástico.

Fomos até onde o carro pode ir e seguimos a pé para o primeiro nível de neve. Aqui vai uma dica importantíssima: É preciso perguntar nas lojas de roupa como está a estrada e se ela está aberta. Quando há muito gelo a estrada ao vulcão é fechada.

A estrada não é das mais simples, mas com um pouco de paciência chega-se lá.

No primeiro nível  de onde sai o teleférico, já se pode brincar na neve com as crianças sem pagar nada. Para nós, brasileiros, e para crianças que nunca viram neve, não é preciso passar dali. Há um café bem simples onde se pode aguardar as crianças ficaram molhadas e geladas. Para seguir para as pistas de Ski paga-se CLP 45 mil, ou por volta de R$ 270,00 por pessoa. Não era nosso caso. Dali pra cima é turismo para quem ganha em dólares ou Euros. 

Depois de duas horas descemos e paramos na Trattoria da Pietro https://www.trattoriadapietropucon.com/ e tivemos grata surpresa. Fomos recebidos pela carioca Paula e comemos ótimas massas artesanais.  Ravioli de Zucca é ótima pedida. Em média gastamos R$ 100, 00 por pessoa.

De volta ao centro de Pucón passamos pelos mercados de artesanato e lojas de primeira linha de equipamentos de montanha.

Fomos a outra chocolateria onde o chocolate era ótimo mas o atendimento péssimo. A De La P http://delap.cl/ . Além disso se compra chocolate por peso e há uma consumação mínima bem alta. Cerca de R$ 60,00.

No outro dia fomos de carro aos Ojos del Caburgua https://guia.melhoresdestinos.com.br/ojos-del-caburgua-162-4086-l.html

Paga-se R$ 10,00 para ver as cachoeiras onde não é permitido o banho (até porque está cerca de 5ºC). Também vale o passeio pela cidade de Caburgua e a visita às duas praias:  A branca e a preta. A paisagem se parece com a dos fiordes noruegos.

OJOS

Ao retornar os 15km até a cidade de Pucón fomos ao ótimo restaurante peruano chamado Loretano. Seus donos, da província de Loreto, entregam ótimos ceviches e outros pratos da região. https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g294297-d15685055-Reviews-Loretano-Pucon_Araucania_Region.html

Mas há de se ter paciência pois o restaurante é pequeno e há filas.

Descobrimos que só há negros na cidade trabalhando nos supermercados. Uma pessoa nos esclarece que os únicos negros da região são haitianos e trabalham no supermercado com salários subsidiados pelo governo. O governo paga a metade e o supermercado a outra.

Saindo de Pucón o passeio mais interessante que fizemos foi Las Cuevas Volcanicas. Segue-se de carro até o sopé do vulcão Vilarrica. De lá os passeios saem primeiro com explicações geológicas sobre as formações, o tipo de vulcão e sua atividade. Em seguida grupos caminham até uma gruta escavada pela lava. Muito interessante pois é uma formação muito diferente do que estamos acostumados no Brasil. Não há estalactites ou estalagmites. A rocha é porosa e caminha-se 200m caverna a dentro. Ao término do passeio, que leva em torno de uma hora, pode-se fazer uma caminhada por um bosque e passar sobre uma ponte de cabos de aço sobre o que parece um rio seco mas na verdade é o caminho sulcado pela lava. O passeio custa cerca de R$ 100,00 por pessoa e vale a pena. Ainda há um café com uma grande lareira onde é possível tomar algo quente e ter acesso a alguns materiais sobre a região e as formações geológicas. http://www.cuevasvolcanicas.cl/

Cuevas

Como subimos cedo para o vulcão nos impressionamos com o movimento na volta. Por todo o percurso de descida há carros parados nas laterais da estreita estrada. As pessoas levam lanches e líquidos quentes para se aquecer e ficam brincando na neve em lugar onde não se paga entrada. Levamos muito tempo para descer pois o transito simplesmente trava. Carros querendo subir e outros descer.

Na estrada resolvemos parar para comer algo e acabamos permanecendo para uma refeição mais encorpada. O restaurante se chama Refugio Sur. Grata surpresa de beira de estrada. Cerveja artesanal e comida feita com insumos orgânicos muito gostosa. Preços normais para a região (cerca de R$ 50,00 o prato) http://www.refugiosur.cl/  .

Em outro dia resolvemos aproveitar o carro alugado e ir até o oceano pacífico. Escolhemos a cidade de Valdívia https://pt.wikipedia.org/wiki/Valdivia_(cidade) um pouco mais ao sul. São 150 km feitos em duas horas de viagem. A cidade leva o nome de Pedro de Valdivia, conquistador espanhol que expandiu as fronteiras do império e participou da Guerra do Arauco. Todavia, não avançou mais ao sul tendo sido capturado e morto. O império não subjugou o sul do Chile habitado pelo povo Mapuche até o século XIX.

A cidade recebeu grande migração alemã e tem grande influencia na cultura. Na década de 1960 foi arrasada pelo mais forte terremoto já registrado na face da terra (9,5 pontos na escala Richter). Há muitos passeios interessantes a se fazer, como visitar o museu de antropologia, e os passeios de barco. Não conseguimos fazer nenhum desses pois chegamos em um dia muito frio e chuvoso (pleonasmo numa região onde chove sem parar de abril a outubro) e no museu chegamos após fechar. Mas pudemos visitar o mercado do porto e nos divertir com a venda de peixes bem diferentes de águas frias do pacífico. Também pudemos ver os leões marinhos que cercam o mercado aguardando algum resto.

Por fim fomos a um restaurante nada aconselhável chamado Los Molinos. Além do atendimento ruim não havia grande parte do que estava anunciado no cardápio. https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g294302-d10110840-Reviews-El_Molino-Valdivia_Los_Rios_Region.html

Das coisas interessantes em Valdívia, para quem não conseguiu fazer os passeios: Há uma loja da Hush Puppies  (Calçados e Meias que adoro) e na mesma quadra um brechó onde fizemos a festa comprando roupas de inverno a preços bem convidativos. Como referência, fica na mesma quadra do McDonalds.

O passeio mais interessante que fizemos foi o Mercado Municipal. Além de toda a estética destes mercados, esse veio com diversas tendas com artesanato indígena e muitos dizeres, plaquetas, camisetas, de resistência e poder Mapuche.

Barcos em Valdívia

 

Construções em Valdivia

 

Mercado em Valdívia

De volta a Pucón fomos a um restaurante de massas muito gostoso chamado Andiamo. https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g294297-d12860370-Reviews-Andiamo_Cucina_Italiana-Pucon_Araucania_Region.html

Importante reservar um dia para ir às Termas. São muitas. Dizem que das mais impressionantes são as termas Geométricas. Mas não fomos. Além de caríssimo (R$ 200,00 por pessoa) elas são abertas e tiramos um dia de chuva para faze-las. Então fomos em ums das mais novas e modernas chamada Chile Indômito. 30Km do centro de Pucon, com Água quentinha do vulcão e um café onde se pode comer uma truta com arroz bem gostosa.

Pode-se passar o dia mas o passeio para meio dia é suficiente.

https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g294297-d13423965-Reviews-Termas_Pucon_Indomito-Pucon_Araucania_Region.html
TERMAS

À noite, outra grata surpresa do acaso em Pucón. Aliás, aqui fazemos a pausa para dizer que deixar tempo para o acaso em viagens é a melhor coisa que se pode fazer. Não acredito em roteiros extremamente fechados e rígidos. Passamos em um lugar pequenino, quase fechado por trepadeiras e algumas luminárias em led com os dizeres “Puras Pavadas” (algo como “desajeitado”). Neste lugar vendem ótimas empanadas que, diferente das argentinas são fritas e não assadas. O molho de mel com pimenta é feito na casa e é excelente.

https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g294297-d6772043-Reviews-Puras_Pavadas-Pucon_Araucania_Region.html

No dia seguinte, tínhamos o objetivo de comer empanadas diferentes passando a fronteira com a argentina. Queríamos chegar à face argentina do vulcão Lanin, que é ainda muito maior do que o Villarica, apesar de Inativo. Se já ficamos impressionados ao ver o vulcão Villa Rica como pano de fundo, o Lanin é ainda muito mais impressionante. O passeio até a fronteira é lindíssimo. Estradas que cortam montanhas nevadas subindo a cordilheira dos Andes até o posto de fronteira, onde nosso carro, sem permissão internacional, não pode avançar. Caminhamos a pé por território argentino mas não chegamos às empanadas. Caso queira fazer este passeio é necessário avisar na locadora de carros com, ao menos, 15 dias de antecedência para ter a licença para cruzar a fronteira. Também é preciso ter correntes para os pneus.

Frustrados, retornamos ao povoado de Curarrehue https://en.wikipedia.org/wiki/Curarrehue e, outra vez, a surpresa foi boa. A cidade é predominantemente indígena e seu nome em mapudungun – kura rewe – significa ‘altar de piedra’ .

Na praça central da cidade conhecemos a Nothofagus http://nothofagusexpediciones.com/ , empresa de turismo de montanha e o atendente Joaquim. Simpaticíssimo, nos ensinou muitas coisas. Primeiro sobre a característica das araucárias daquela região serem singulares pois é o único lugar onde crescem em colônias, em florestas e não isoladas como no sul do Brasil, por exemplo.

Lugar interessante para adquirir artesanato Mapuche feito com a árvore da região.

Almoçamos em um restaurante simples e gostoso chamado Quillelhue – nome de um dos lindos lagos que há nas cercanias da cidade.

Outra vez de volta a Pucon, um passeio interessante é a Loja de mapas Travel Aid. O chão da loja é um gigantesco mapa do Chile e vale levar uma recordação de lá. https://www.travelaid.cl/

Nesta loja também podemos adquirir um publicação em quadrinhos sobre os heróis da resistência Mapuche. Muito ilustrativo e instrutivo conhecer um pouco mais sobre Colo-Colo e Leftraro, além de referências sobre estrutura social, cultura e organização para a resistência.  https://www.cultura.gob.cl/agendacultural/tierra-de-heroes-expone-grandes-personajes-de-pueblo-mapuche/

Por fim, a ultima dica de Pucón é que se você alugou carro no aeroporto, abasteça no posto que fica a uns 8 km do destino. Não há postos perto do terminal.

SANTIAGO

Primeiro ponto é não perder a vista da Cordilheira dos Andes vista no pouso do avião. Dá pra ver sua imponência e a poluição da cidade.

Nesta cidade nos hospedamos no Hotel Oporto https://www.hoteloporto.cl/index.php/pt/ pois estava muito bem localizado (Bairro Providência). Melhor do que no centrão ou mais afastado, este bairro é o mais interessante para fazer de base para o turismo em Santiago. Transporte público a poucos metros, aplicativos chegam sem problemas (Rappi, Uber, texis, etc). No entanto, os serviços no hotel não eram dos melhores. Internet falha, problemas com água quente, café da manhã sofrível e, por fim, tivemos problemas com a reserva. Para quem vinha do Alma Nativa em Pucón foi um baque negativo. Mas seguimos…

Jantamos em um restaurante Italiano também sofrível, mas era perto do Hotel. Se chama Piccola Italia https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g294305-d5501355-Reviews-La_Piccola_Italia-Santiago_Santiago_Metropolitan_Region.html

No primeiro dia fomos ao imperdível La Moneda e também à estatua de Allende no pátio externo do palácio. O que fizemos de diferente foi entrar no Centro Cultural do Palácio que fica na parte de trás do edifício. Ótimo passeio, sobretudo com crianças. Importante verificar a programação. http://www.ccplm.cl/sitio/

Foto 18 – centro cultura La Moneda

CENTRO CULTURAL LA MONEDA

Seguindo o circuito hiper turístico é interessante almoçar no mercado central e experimentar o caranguejo patagônico chamado Centolla https://es.wikipedia.org/wiki/Lithodes_santolla. Fomos ao restaurante chamado Donde Augusto https://dondeaugusto.cl/ onde também se toma um Pisco Sour gostoso.

No entanto, a conta assusta muito. O caranguejo é muito, muito caro. Só o caranguejo custa cerca de R$ 300,00.

Neste passeio há muitos, muitos brasileiros. Ficamos sem entender pois é um país bem caro para nós e, mesmo assim, estávamos em maioria em Santiago.

Também fomos ao shopping Costanera Center onde se pode comprar absolutamente de tudo de todas as marcas do mundo,  coisas que não temos no Brasil (agora entendi porque há tantos brasileiros. Deve ser mais barato vir para Santiago do que para Europa para comprar nestas lojas). Este shopping está nos primeiros andares do prédio que se pode ver de qualquer lugar de Santiago. Note que há dificuldade em alugar os escritórios dos andares superiores pelo medo dos terremotos.

Mas nosso objetivo era ver a neve. Então fomos contratar o passeio para os picos. Há muitas empresas e nos próprios hotéis há contatos. Mas uma amiga nos indicou a Lucero Travel. https://www.lucerotravelchile.cl/

Contratamos o passeio para ir a Farellones https://www.parquesdefarellones.cl/. Este passeio é interessante se vc estiver com crianças. Custa muito caro (R$ 300,00 por pessoa) e inclui transporte e entrada no parque por um dia. No meio da estrada há uma parada para alugar roupas de neve e equipamentos. Aqui, o pior lugar da viagem: muita gente se degladiando por calças de neve a valores absurdos.  Antes de alugar a parafernalha toda e gastar muito dinheiro é preciso verificar as condições das pistas de ski e snow board, as idades para poder ter acesso a elas, etc. Ainda assim se pode alugar equipamentos e ficar fora delas brincando nas áreas comuns do parque.

Bem cedo uma van passa recolhendo os turistas nos hotéis e sobe a montanha com correntes até a entrada. Prepare lanches no dia anterior pois os hotéis, em geral, não tem café da manhã na hora que a van passa (sim, é tipo 5:30 da manhã em temperaturas abaixo de zero).

Na montanha, prepare-se para filas de uma hora para ter acesso aos brinquedos. Fomos num dia quando fez -15ºC e o céu estava limpíssimo, lindíssimo. Logo após uma tempestade de neve tudo estava branquinho a 2500m de altitude. Isso valeu o passeio.

Há food trucks que vendem alguns itens a preços astronômicos. Por exemplo, pagamos R$ 12,00 uma água.

Apesar do perrengue não há como se aventurar por conta própria. A estrada é sinuosa e exige correntes e perícia. Vimos alguns carros que foram pegos pela nevasca do dia anterior e ficaram abandonados na estrada. As pessoas foram resgatadas pelas equipes de segurança de montanha.

Nosso Guia, Ivan, nos fez parar para ver uma placa de gelo continental de onde provém 20% da água de Santiago e falou sobre o perigo da exploração de mineração estrangeira que esta sendo concessionada na montanha.

Foto 13 Farellones

FARELLONES

Foto 14 – Montanhas

MONTANHAS NEVADAS

Se pode pegar uma das linhas de metro e ir a Los Dominicos. Um pueblo onde se pode comprar artesanato interessante https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g294305-d6638759-Reviews-Centro_Artesanal_Pueblito_Los_Dominicos-Santiago_Santiago_Metropolitan_Region.html

Ao fim do dia fomos ao restaurante Tiramissu http://www.tiramisu.cl. Muito gostoso e aconchegante. Comida italiana bem feita. É preciso chegar cedo, antes das 19hs pois  fica muito cheio.

Outro passeio do circuito regular é ir ao Cerro San Cristóbal. Legal subir de telefério e descer de funicular. Se pode comprar os dois tickets na partida. O passeio vale pela vista da cidade. Descendo pelo Funicular vc estará no bairro Bella Vista, mais central.

Foto 17 – Cerro

CERRO – VISTA DE SANTIAGO

Lá é interessante caminhar pelas ruas e ir a uma das casas de Pablo Neruda, a La Chascona https://fundacionneruda.org/museos/casa-museo-la-chascona/

No mesmo bairro é interessante ir ao Galindo para comer o Pastel de Choclo. https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g294305-d803343-Reviews-Galindo-Santiago_Santiago_Metropolitan_Region.html

Ótimo passeio para quem está com crianças (de pelo menos 6 anos para aproveitar) é o Museo Interactivo Mirador (MIM) WWW.mim.cl Fica distante de onde ficamos mas se pode ir de metrô e depois uber.

Lugar com varias edificações voltadas às ciências. Assim que entrar vá à administração para marcar o horário em que se quer ir no simulador de terremotos. Principal atração do local, simula um terremoto de 8 pontos na escala Richter dentro de um apartamento.

Passeio a preço justo (R$ 22,00) .

Foto 15 MIM

Museo Interativo Mirador (MIM)

Por fim, jantar no restaurante giratório bem cedo, para não pega-lo cheio e para ver o pôr do sol na cordilheira. Passeio super turístico mas que é muito interessante. Comida elegante e drinks gostosos. https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g294305-d1070482-Reviews-Giratorio_Restaurant-Santiago_Santiago_Metropolitan_Region.html

Restaurante Giratório

Algumas dicas interessantes: Em Santiago, no aeroporto há um serviço de vans para grupos caso você viaje em número maior do que cabe num uber. No entanto, descobrimos que também há o Uber XL, que são carros de 7 lugares. Custa um pouco mais mas vale mais a pena do que pegar 2 carros.

Para saber mais sobre a história do Chile:

Fiebre Del salmon – https://vimeo.com/88612413

A Batalha do Chile – https://www.youtube.com/watch?v=pgBh5SiIEg4

Pablo Neruda e sua Oda a La Araucaria Araucana –  https://www.neruda.uchile.cl/obra/obranuevasodas2.html

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