Austrália
A Austrália é um país cujas marcas da colonização britânica ainda estão impressas na cara das cidades, na arquitetura, nos costumes, na comida, na civilidade do povo e na racionalidade das regras que governam a convivência entre as pessoas e suas relações com o governo e deste com a população…
A Austrália nos pareceu uns Estados Unidos, mas bem melhorado… pois, como é um país com menor população, com menos gente concentrada, menor densidade demográfica, os recursos naturais e mesmo os produzidos pela sociedade podem ser mais bem distribuídos, gerando menos desigualdade… A relação espaço x pessoas é melhor… Menos concentrações populacionais, maior preservação dos recursos naturais, mais áreas verdes, mais preservação dos animais, maior respeito à natureza, em que pesem a alta tecnologia que impera nas cidades, a modernidade e eficiência das infraestruturas urbanas. Nas cidades, mesmo nas grandes cidades, tem-se a sensação de amplidão, de espaço. Nelas, você não sente o sufoco das aglomerações… Menos horas de trabalho, mais segurança quanto ao futuro… Quase não tem acidentes de trânsito, mortes violentas e outros problemas de segurança e, quando tem, são tratadas como exceções, não como coisas corriqueiras ou normais, como no Brasil…
PERTH: Cidade bonita, a quarta cidade da Austrália, com 2 milhões de habitantes, espalhada, com baixa densidade populacional, com vias amplas e com ótima qualidade de vida.
Fica no estado de Western Austrália (WA), um dos estados mais ricos do país, seja na exploração mineral, seja na produção agrícola.
Perth é cortada pelo Rio Swan, que forma balneários, em alguns pontos, onde é possível nadar e em cujas “praias” tem uma margem com uma larga faixa de areias branquinhas… Tem parques e bares de frente para o rio.
Fremantle: Um bairro interessante é Fremantle, onde nasceu a cidade, fundada em 1729, pelo capitão inglês do mesmo nome. Este bairro guarda prédios históricos da época no estilo britânico e é hoje um dos mais “badalados” da cidade. No antigo mercado, que ainda funciona com produtos agrícolas e pecuários e quiosques de alimentação, existe uma espécie de feira de artesanato.
Tem também o Museu Marítimo (muito legal), que oferece uma visita a um submarino e abriga exposições temporárias interessantes. Vimos uma exposição maravilhosa sobre Roma Antiga, com as invenções arquitetônicas e todos os instrumentos e aparelhos usados nas construções romanas e também os instrumentos bélicos da época. Sensacional. Essa exposição fica até abril de 2020.
Outra atração de Fremantle é a antiga prisão que ocupa um enorme quarteirão, e está aberta à visitação. Inclusive oferece um tour noturno…
Conhecemos ainda o Fremantle Arts Centre, que fica num prédio antigo com um belo jardim e oferece exposições muito interessantes. Vimos uma exposição bem bonita sobre arte aborígine. Tem um belo jardim, uma cafeteria e loja de souvenirs… Pena que a cafeteria fecha às 16h. Aliás, em Perth, as lojas e shoppings fecham às 17h, com exceção das quintas-feiras, quando ficam abertas até mais tarde (21 horas).
Entre os eventos culturais, fomos ao Fringe World Festival no bairro de Norhbrige, tradicionalmente em janeiro/fevereiro, onde se montam várias arenas com performances e shows gratuitos e pagos.
O centro atual da cidade é um conjunto de prédios ultramodernos, com arquitetura arrojada, que aparentam ter sido construídos há uns 20 ou 30 anos, no máximo…
Mas é de uma atividade econômica pujante. Tem lojas de redes internacionais …
Também na região central estão os bairros mais tradicionais. A cidade é bem espalhada.
No sul do Rio Swan, ficam os maiores bairros residenciais, como Bull Creek, onde ficamos hospedados, em sua maioria horizontais, com casas de padrão muito bom ou em edifícios de 4 a 5 andares…
Bull Creek é um bairro de classe média, parece um condomínio, mas não é fechado… As casas têm um jardim na frente sem muro. Parece uma cidade do interior americana, ampla, muito ajardinada, com vias e calçadas ultra bem conservadas, sem buracos, sem lixo jogado no chão, extremamente limpas. Aí você se dá conta de como o Brasil é ruim em termos da qualidade da zeladoria urbana e dos serviços públicos em geral.
Margareth River É uma região ao sul de Perth, onde ficam vinícolas australianas. Ficamos hospedados numa casa maravilhosa, alugada pelo AirB&B, no meio da floresta. Pra se ter ideia, vimos até cangurus pertinho dessa casa…
Fomos a uma praia da região, Hamelin Beach: uma praia muito linda, no Oceano Índico, com areia branquinha, onde você pode ver arraias enormes que vêm nadar na beira do mar. Elas são muito mansas e você pode até tocá-las.
Praia com bem pouca gente, apesar de ser verão e estar um lindo dia ensolarado. Tem camping e estacionamento perto, mas não barracas na praia, nem sorveteiros ou qualquer tipo de vendedor ambulante…
Outra praia, na cidade de Augusta, onde fomos visitar o Lighthouse (farol) em Cape Leeuwin, é o ponto mais ao sudoeste da Austrália, onde o Oceano Indico e o Oceano do Sul (Southern Ocean) se encontram.
O mar lá vai dos tons azul escuro ao verde piscina, lindo! Tudo com areia branquinha.
De volta a Perth, fizemos uns passeios legais, no final da tarde.
Kalamunda: é uma cidadezinha próxima de Perth (40 minutos de carro) no alto de uma montanha. No caminho, você tem vários mirantes para a cidade de Perth.
Dá pra ver um belo pôr de sol.
Essa cidade é uma gracinha. Tem vários tipos de restaurantes. Fomos num tailandês, muito bom.De volta ao centro, fomos aos Mirantes do King’s Park, de onde dá pra ver uma belíssima vista da cidade à noite.
Tem também a ponte de pedestres, perto do Octus Stadium Yes.
Outra atração legal é o Perth Zoo, um belíssimo zoológico em que os animais ( uma variedade imensa, desde os locais , tipo coalas, cangurus, até os bichos de outras regiões do mundo) não ficam em jaulas, mas soltos em ambientes que reproduzem os ecossistemas naturais,
Esse visitante está protegido por uma parede de vidro, no máximo levou um susto.
Passamos uma tarde muito agradável à beira do rio Swan (próximo ao Café Dôme), onde o rio faz uma praia de areias bem branquinhas, onde você pode se banhar e nadar.
Praia de água do mar em Perth tem a Cottesloe Beach, muito linda também. Lá como nas praias de Margareth River, apesar de um maravilhoso dia quente e ensolarado, tinha pouca gente… Nada daquela praia cheia de guarda-sóis e vendedores ambulantes oferecendo comida, bebida, roupas, bugigangas em geral, como as praias do Brasil, onde você não consegue nem enxergar a areia… Se você quiser comer ou beber algo, leve de casa ou adquira na única lanchonete sediada no interior de uma edificação histórica que tem lá…
SYDNEY: Uma primeira coisa a lembrar é que Sydney não é a capital administrativa da Austrália (que é Camberra). Mas é a maior (quatro milhões de habitantes). É uma metrópole muito interessante, com boa infraestrutura de transporte, que tem um patrimônio histórico grande, com majestosos edifícios da época colonial (séculos XVIII e XIX) em meio a prédios muito modernos, vários tipos de atrações culturais, museus muito bem montados, belas praias, e que oferece vários passeios marítimos.
Em Sydney, um elemento facilitador, como em qualquer lugar, é escolher a localização do hotel. Um bom lugar é o CDB, Central District Business (Distrito de Darlinghurst), bem central, onde ficam a maioria dos hotéis, restaurantes, lojas e com acesso fácil (inclusive a pé, em muitos casos) a todas as atrações turísticas.
O Chinatown fica nesse distrito, por isso, se veem muitos orientais circulando e muitos restaurantes chineses, tailandeses, japoneses, coreanos, malaios, indonésios, vietnamitas, etc.
Aliás, na Austrália inteira se veem muitos orientais, não apenas turistas, mas que para lá emigraram, certamente pela boa qualidade de vida que esse país oferece e pela proximidade geográfica…
Nossa estada nessa cidade foi muito prejudicada pelas chuvas torrenciais que pegamos em 2 dos 4 dias que passamos lá.
No primeiro dia, pegamos muita chuva. Descemos a George Street (uma das ruas principais, que corta a cidade de norte a sul e era uma das esquinas do nosso hotel) em direção ao Town Hall, onde se vê a St Andrews Cathedral e uma praça muito linda. Logo acima está o famoso QVB, Queen Victoria Building, construído no século XIX. Maravilhoso, imponente, com muitas cafeterias, restaurantes e lojas de luxo. Linda arquitetura britânica antiga, lindos vitrais.
Como estava iniciando o ano novo chinês, tinha várias decorações alusivas ao ano do rato: um pendente dourado com ratos pendurados e no final um queijo também dourado.
Tinha também um quiosque chinês onde os transeuntes podiam fazer seus desejos para o novo ano e pendurá-los. Na frente do QVB, havia um portal chinês, onde estava se realizando um festival, todas as tardes e noites, mas só que, com a chuva, não estava tendo nenhuma performance, no horário em que passamos por lá.
Fomos de táxi para o Museu de Arte Contemporânea, com exposições bem legais. Ele fica bem perto do cais de onde partem os barcos para passeios turísticos na Baía de Sydney e onde aportam imensos transatlânticos de passageiros.
E fica perto também da Ópera House, para onde fomos a pé. Infelizmente, com a chuva forte, não pudemos ficar muito tempo admirando a Ópera House. No caminho, se vê a Harbour Bridge e também os grandes transatlânticos lá estacionados.
Por causa da chuva nos abrigamos num café da George Street, na calçada contrária ao Museu of Contemporary Art. Esse bairro é conhecido como “The Rocks”, o bairro boêmio.Diga-se que uma atração muito interessante de que se encontram muitos relatos elogiosos é a visita guiada pela Ópera, onde os turistas se inteiram dos detalhes arquitetônicos e dos recursos tecnológicos da casa.
Porém, a visita de uma hora custa caro: 120 dólares australianos por pessoa!!!
No domingo, apesar de continuar a chuva forte e sem trégua, fomos de Uber ao Museu de Cera da Mme. Toussaud. Muito divertido. Bom pra ver e tirar fotos com personalidades históricas e celebridades atuais. É possível também comprar um pacote que inclui a visita ao Aquário, mas nós não fomos, pois ficaria mais caro e não tínhamos nenhuma referência de lá, então achamos que não valeria a pena.
Segunda feira, fomos no Powerhouse Museu, mantido pela companhia de energia de lá, uma espécie de museu sobre ecologia, ciências e tecnologia. É muito bem montado, com algumas exposições didáticas sobre o aquecimento global e de como os cidadãos comuns podem contribuir pra sua amenização.
Tem uma parte maravilhosa sobre a história dos transportes coletivos, do riquixá à Apolo 11.
E, ao final, tinha duas exposições temporárias, sobre moda e sobre ícones, muito interessantes.
À tarde, fomos ao Hide Park, onde fica o Royal Botanic Garden. Muito lindo este parque e muito bem cuidado. Fica próximo à Ópera de Sydney e à baía.De lá, fomos a pé ao The Rocks, que é um bairro badalado, cheio de restaurantes e barzinhos…
Na segunda-feira, descobrimos que o Paddy’s Market ficava a menos de 200m do hotel. Ele está situado no prédio do antigo mercado municipal. Hoje ele abriga também um shopping (onde almoçamos) e várias lojinhas de outlet, onde fizemos algumas compras…
Na terça fomos ao Art Gallery of New Southern Wales, ver uma exposição temporária muito interessante, “Japan Supernatural“, com belíssimas esculturas, gravuras das figuras míticas, sobrenaturais – demônios e fantasmas – dos contos e lendas do Japão, feitas por pintores japoneses de vários séculos, desde o período Edo até nossos dias. Esse museu é também um prédio lindo e com projeto de ampliação.
Outra indicação de passeio de que tivemos indicação é Blue Mountain, que se pode conhecer através de uma excursão de um dia.
O Museu Australiano há de ser interessantíssimo, mas estava em reforma e só vai reabrir na primavera de 2020.
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