Escolha uma Página

Conhecendo a Patagônia de navio…

Conhecer a Patagônia era um projeto antigo que este ano se tornou viável, optei pelo navio por ter se apresentado o meio mais econômico no momento.

O navio da Norwegian saiu de Buenos Aires em direção à Patagonia no dia 29/02/2020 (antes que a pandemia se instalasse na America Latina), o navio oferecia uma viagem FreeStyle Daily,  isto é, nenhuma imposição quanto a vestimentas,  horário para jantar com mesa marcada não existia, o que me pareceu uma boa ideia,  cada um se vestia de acordo com a sua preferência  o que se tornou uma diversão  observar o desfile nas diversas áreas do navio.

No dia 01/03 estávamos aportando em Montevideo-Uruguay, uma parada de aproximadamente 8 horas. Nesse dia estava tomando posse o novo presidente e tudo estava fechado, optamos por fazer um tour a  pé pelas cercanias do porto, as ruas estavam vazias, o único comercio era o simpático Mercado Del Puerto com seus restaurantes e as pequenas lojas de artesanato e os  bares em volta. Aproveitamos para tirar fotos dos prédios repletos de histórias e com influência da arquitetura europeia.

Navegamos por dois dias com muitas atividades a bordo, musica, teatro, brincadeiras no deck ainda com muito sol e Em 03/03 chegamos ao Puerto Madryn, Argentina.

Tínhamos comprado um passeio no navio que nos levaria à Peninsula Valdes para o Wildilife Santuary que não foi possível fazer devido a um movimento de preservação que bloqueiou as estradas. Optamos por contratar um taxi que nos cobrou o valor referente a ¼ do preço cobrado pelo navio, o motorista  nos levou a Punta Loma Reserve para observação dos leões marinhos, fomos também ao Museu Paleontológico Egídio Feruglio em Trelew, onde se fazem os estudos da história da vida na Patagonia, tanto no mar como em terra, durante os últimos 400 milhões de anos. Lá se tenta recriar as condições de vida de  cada grupo e estabelecer a estruturas do ecossistema e condições climáticas do passado. Muito interessante. Sugiro assistirem ao documentário (Patagotitan mayorum: o dinossauro mais grande do mundo), disponível no youtube.

 

No dia 05/03 chegamos às Ilhas Falkland (antiga Malvinas) no Porto Stanley,  o acesso ao porto e feito por barco,  contratamos um receptivo no porto e fomos visitar duas colônias de pinguins: Gypsy Cove a 11 km de Stanley e Bertha’Beach onde ficamos bem próximos aos bichinhos na praia. Depois passeamos pelo centro da cidade, muito interessante com suas casas e cultura  totalmente inglesas, inclusive tudo que você gastar por lá será em libra.

Dia 07/03 chegamos ao Usuhaia, como tínhamos  poucas horas para aproveitar a paisagem maravilhosa, decidimos  conhecer o Parque Nacional Tierra del Fuego contratando um taxi, uma viagem de 1h30 margeando a praia e a Cordilheira dos Andes, o clima estava ameno apesar do vento intenso, talvez por volta de 8 graus em pleno verão ( a temperatura máxima nessa região é de 10 graus).

No atual Parque Nacional viveram os yâmana, eles instalavam seus acampamentos nas praias aproveitando os recursos naturais, seu desaparecimento se relaciona com a chegada dos primeiros colonos criollos e europeus até 1880. As causas da extinção parecem ter sido as epidemias e segundo várias crônicas as “práticas de tiro” dos exploradores europeus e o envenenamento por parte dos colonos e lobeiros para a livre exploração do lobo marinho. (toda essa informação foi passada pelo guia do parque). Na volta fomos contemplados com um espetáculo da natureza, uma família de golfinhos brincava na praia.

Dia 08/03 navegando pelo estreito de Magalhães, chegamos à Punta Arenas, Chile , tivemos 12 horas nesta cidade e optamos por fazer um tour de taxi  por uma linda estrada margeando o estreito, chegamos em 50’ ao Parque del Estrecho de Magallanes  onde está localizado o Museo Del Estrecho na parte mas alta do Parque , esse museu conta com uma moderna mostra multimídia que através da arte e da ciência explica os processos de formação do território. Caminhando através de um bosque chegamos ao Sitio Fuerte Bulnes-MHN, fundado em 1843 e que  foi o primeiro assentamento chileno no  território e que originou a fundação da cidade de Punta Arenas 5 anos mais tarde. Após o forte podemos caminhar até um mirante de onde pudemos  apreciar as aves, golfinhos e baleias que desfilam pelo estreito.

Também visitamos o Cemitério da Cidade, um museu a  céu  aberto, com muitos jardins e construções representando as várias comunidades europeias que construíram a cidade.

Encerramos o dia com um happy hour no bar La Luna saboreando um delicioso ceviche acompanhado de uma cervejinha bem gelada.

Após dois  dias de navegação pelo estreito de Magalhães, finalmente vimos a neve,  cachoeiras congeladas e muita neve no mar, o navio parou  em um ponto e ficou girando para que pudéssemos admirar toda a beleza das montanhas que nos ladeavam.

Um dos pontos altos da viagem, passamos por fiordes lindíssimos, muitas fotos, muita observação, por do sol, aves e gelo.

O estreito de Magalhães, antes da criação do Canal do Panamá, era a principal passagem do Atlântico para o Pacífico. Seu nome é uma homenagem ao navegador português Fernão de Magalhães, o primeiro europeu a navegar pelo estreito.

O estreito é conhecido pela dificuldade de navegação devido ao clima hostil e a sua pequena largura.

11/03 – Porto Chacabuco, Chile , contratamos um passeio de van, o guia nos levou por lugares maravilhosos, foi onde mais vimos lhamas. Passeamos pelo Parque Nacional  e cidades vizinhas.

Em 12/03 chegamos a Puerto Montt, Chile, a porta de entrada para a Patagônia , situada na região dos lagos chilenos, uma terra de corredeiras verdes, cachoeiras e paisagens incríveis, onde está localizado o vulcão Osorno, geralmente comparado ao Monte Fuji.

Em 14/03 chegamos ao Puerto Central, Chile em San Antonio onde desembarcamos e seguimos para Valparaiso, ficamos lá por 2 dias passeando pelas suas 45 colinas com uma diversidade enorme de construções, suas ruas estreitas e sinuosas, suas casas e muros coloridos, seus museus, restaurantes típicos e os elevadores que nos levam ao topo.  Lá se encontra o centro cultural La Sebastiana, instalado em uma das três casas  de Pablo Neruda no Chile. Conhecida pela beleza de sua construção e pela magnífica vista da baia.

No alto de seus morros vários mirantes para que se possa aproveitar toda a vista da cidade e também o maravilhoso por do sol.

Visitar Valparaiso e não se aventurar por seus morros é perder o melhor dessa cidade linda.

Valparaíso se encontra a poucos quilômetros de Vina del Mar que é uma excelente opção de passeio com  uma beira mar bem movimentada e estruturada.

 

Infelizmente o final da nossa viagem coincidiu com a explosão de casos de Conavid 19 na America do Sul, tínhamos programado ficar dois dias em Santiago do Chile que foram pouco aproveitados porque tivemos que tentar antecipar a nossa viagem  pelo risco do fechamento dos aeroportos, mas ainda deu tempo de conhecer o Cajon del Maipo cerca de 1 hora de Santiago e que nos brindou com paisagens maravilhosas.

 

Pin It on Pinterest

Share This